quarta-feira, 20 de junho de 2007

O prazer de ser maranhense



Ser maranhense é ter o prazer de morar em uma cidade que equilibra as suas áreas de mangue e parques estaduais com os prédios do Renascença e da Ponta da Areia. É ter um dos mais belos crepúsculos do país bem no mirante da Laguna da Jansen.
É o prazer de ter um povo simpático e sempre receptivo, ter uma cidade em que você se sente em casa a cada rua que andas, a cada beco que exploras em cada rosto que encontras.
Não há nada melhor que sair à noite para o Centro Histórico. Lá encontra-se de tudo, desde o reggae até a música eletrônica, passando pela MPB e pelo rock. Por possuir uma população heterogênea, São Luís mostra-se como uma das cidades com maior diversidade cultural do país. Em qualquer época do ano há uma manifestação cultural que torna essa cidade única em si.
Uma cidade que respira arte por todos os poros só pode ser estimulante. Conhecer São Luís é ir ao menos uma vez ao teatro Arthur Azevedo, perguntar pra alguém o que quer significar aquela serpente na Laguna da Jansen, vislumbrar-se com os casarões do Centro Histórico e conhecer um pouco de nossa cultura, tão única e tão variada.
São Luís, São Luís, terra quente que nunca me decepciona. A força de sua história ainda é visível na imponência da sua biblioteca e do Palácio dos Leões, a modernidade que lhe arrebata já está visível nas suas praças. Pode-se passar horas só descobrindo as histórias que existem por trás de cada nome dúplice que suas ruas carregam, um trabalho investigativo que nunca é maçante, e muitas dessas histórias podem até ser novas, mas outras denotam do tempo da escravatura e que são passadas de pessoa a pessoa pela conversa em uma fonte, ou enquanto se descansa em uma praça.
Terra de grandes poetas e grandes vozes, São Luís é a cidade que mantém uma guarnicê de vídeo aberta ao público, disponibilizando cultura a quem quer que esteja passando pelo Centro Histórico. Seu festival de poesia mostra à sociedade seus literatos, pois a Atenas brasileira não pode, jamais, perder a via poética que lhe garantiu esse título.
Ah, São Luís, só não te ama quem não te conhece.

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